O Que Aconteceria Se a Terra Parasse De Girar?
Descubra o que aconteceria se a Terra parasse de girar — de repente ou aos poucos — e o que mudaria se ela girasse ainda mais rápido. Um passeio pela física extrema do nosso planeta.
CURIOSIDADES
Por Gabriel Ricardo
6/17/20253 min ler


A rotação da Terra a cerca de 1.670 km/h é uma engrenagem invisível, mas fundamental para quase tudo que conhecemos: dia e noite, clima, marés, equilíbrio gravitacional... Agora imagine o que aconteceria se essa rotação parasse.
Parece coisa de filme de desastre? Talvez. Mas os efeitos seriam muito reais. A seguir, exploramos três cenários: a Terra parando instantaneamente, desacelerando aos poucos, e até acelerando além do normal. Se prepara: a física é brutal.
Cenário 1: A Terra para de girar de uma vez só
Esse é o pior cenário possível.
Se a rotação parasse subitamente, tudo o que está solto — carros, prédios, pessoas, oceanos — continuaria se movendo na mesma velocidade em que estavam. Isso porque o corpo da Terra pararia, mas os objetos sobre ela manteriam sua inércia. O resultado? Uma catástrofe planetária.
Pessoas e objetos seriam arremessados violentamente para o leste. Em locais próximos ao equador, a força seria tão extrema que algumas coisas poderiam, literalmente, ser lançadas para o espaço (caso não fossem barradas por construções ou pela atmosfera).
Oceanos se moveriam como tsunamis globais, destruindo continentes costeiros em minutos.
Ventos hipersônicos se formariam devido ao atrito da atmosfera, que também continuaria em movimento por inércia.
A crosta terrestre sofreria com terremotos massivos, já que o núcleo interno da Terra seguiria girando, pressionando as camadas externas paradas.
Além disso, o planeta deixaria de ter dia e noite alternados. Um lado ficaria eternamente sob a luz do Sol (em chamas, literalmente), e o outro congelaria na escuridão eterna. Ou seja: não sobraria muito da vida como conhecemos.
Cenário 2: A Terra desacelera lentamente até parar
Agora, um cenário mais “gentil” — mas ainda radical.
Se a Terra fosse perdendo velocidade gradualmente ao longo de milhões de anos, a humanidade teria tempo para reagir. Ainda assim, isso mudaria drasticamente o planeta:
Os dias ficariam cada vez mais longos, com o Sol ficando no céu por semanas. Isso alteraria profundamente os ciclos do sono, as rotinas humanas e os padrões de temperatura.
O calor durante um “dia” seria extremo, e o frio durante uma “noite” ainda mais intenso.
A agricultura seria impactada: plantas que dependem de ciclos de luz e sombra poderiam morrer, e o solo sofreria com secas prolongadas.
O campo magnético da Terra poderia colapsar, já que ele depende do movimento do núcleo. Sem ele, ficaríamos vulneráveis à radiação solar e cósmica.
A forma da Terra mudaria: como hoje ela é levemente achatada por causa da rotação, parando, ela se tornaria mais esférica, o que faria os oceanos migrarem em direção aos polos, alagando regiões antes secas.
Em resumo: o planeta se tornaria inóspito em muitos lugares, mas talvez a humanidade — com bastante tecnologia e planejamento — conseguiria sobreviver em regiões específicas.
Curiosidade: E se a Terra acelerasse?
E se, em vez de parar, a Terra dobrasse sua velocidade de rotação aos poucos?
O dia passaria a ter 12 horas. Isso bagunçaria completamente nossos ritmos biológicos, provocando insônia, desregulação hormonal e estresse crônico.
A força centrífuga aumentaria, fazendo com que a gravidade parecesse menor no equador — você se sentiria cerca de 1 kg mais leve.
O clima se tornaria muito mais violento: os ventos ficariam mais rápidos, as tempestades mais intensas, e furacões surgiriam com mais frequência.
O nível dos oceanos se acumularia no centro da Terra, alagando regiões equatoriais e secando os polos.
A princípio parece só um "dia mais curto", mas a verdade é que tudo mudaria: do metabolismo humano à geografia do planeta.
Gostou dessa viagem pelo impossível? Então compartilhe com quem também adora pensar fora da órbita! Quanto mais entendemos o funcionamento da Terra, mais percebemos o quão frágil — e incrível — é a nossa existência.